Trinta e três trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em obras da construção civil em Cabedelo e João Pessoa, na Paraíba.
As ações aconteceram entre a terça-feira (20) e esta quarta-feira (28) e foram conduzidas por auditores-fiscais do trabalho ligados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Sete obras foram fiscalizadas. Em três delas, as condições de alojamento e segurança estavam irregulares. Segundo o MTE, os trabalhadores dormiam dentro das construções, entre materiais de obra, sem higiene, privacidade ou segurança.
Em uma obra, 12 trabalhadores dormiam em um cômodo sem acabamento, com fiação exposta e colchões ruins, junto a ferramentas e tintas. Em outra, 17 pessoas ocupavam um espaço em construção, sem proteção contra chuva, calor ou frio. Alguns deles precisavam dormir do lado de fora por causa de alagamentos. Neste mesmo local, outros quatro trabalhadores estavam em um cômodo pequeno, sem ventilação e sem espaço para circulação.
Além dos resgatados, a fiscalização encontrou 99 trabalhadores ao longo da operação, dos quais 17 não tinham registro em carteira. Três obras foram interditadas por apresentarem condições de risco grave aos trabalhadores.
Os responsáveis foram notificados a regularizar contratos, pagar verbas rescisórias e recolher encargos sociais. Até agora, R$ 160 mil foram pagos em verbas rescisórias aos trabalhadores resgatados.
Com informações do G1 Paraíba